O território brasileiro conta com grande diversidade de ecossistemas, sendo a flora estimada em 55 mil espécies, das quais 99,6% são desconhecidas quimicamente. Estas espécies estão distribuídas em seis biomas bem distintos: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Pampa. O Estado do Rio de Janeiro está inserido no Bioma Mata Atlântica, apresentando grande diversidade de ecossistemas. O presente projeto visa a realização de estudos das potencialidades fitoquímicas e biológicas das espécies vegetais encontradas no Brasil, contribuindo para a valorização da flora nacional e agregando valor às suas espécies. Busca-se o emprego de produtos de baixo custo e de eficácia terapêutica, cientificamente comprovada, como base para o estabelecimento de programas de saúde de excelência que atendam a uma grande parcela da população de baixa renda, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida. Com vistas a atingir alguns dos objetivos da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o presente projeto visa contribuir para o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade e o desenvolvimento de cadeia produtiva. O projeto possui temática interdisciplinar uma vez que os procedimentos, métodos e técnicas envolvidos requerem etapas que vão desde o cultivo, o manejo, a produção e a distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos além dos estudos químicos, farmacotécnicos, farmacológicos e clínicos. Além desses estudos, é necessário que sejam estabelecidos protocolos para o controle físico-químico, microbiológico e de estabilidade dos produtos gerados e avaliados, garantindo a qualidade dos mesmos. No atual momento, os enfoques do projeto estão direcionados para: – Avaliação da atividade antiofídica de substâncias naturais – Estudos químicos e farmacológicos de Eugenia punicifolia (Myrtaceae) na neurotransmissão colinérgica (inclui o projeto aprovado no Edital CAPES-DGU 2011, intitulado “Ativação de mecanismos colinérgicos por Eugenia punicifolia: nova ferramenta farmacológica em processos inflamatórios”) – Fitoquímica e atividade biológica de espécies de Clusiaceae – Planejamento racional para investigação da atividade antimicrobiana em plantas superiores -Desenvolvimento de novas abordagens para o controle de Aedes aegypti, vetor de dengue, utilizando produtos fitoquímicos – Flora da Restinga de Jurubatiba: Estudos Botânico, Biológico e Químico – Padronização de extratos e desenvolvimento de técnicas de controle de qualidade visando a introdução de Hypericum brasiliense na Farmacopéia.